sexta-feira, 2 de julho de 2010

Ela, ela, ela.

Às vezes o tempo para e tudo ao meu redor fica mudo. Essa ausência dói, menina. Eu fico aqui um tanto estacionada pondo um pouco de você em tudo e ainda falta tanto tempo para que você realmente preencha esse lugar vazio, esse vazio que é seu.
Ontem eu falei bobagens sem tamanho e muita coisa mudou, sabe? Eu queria me enganar, mas esse sexo casual não excita nenhum pouco. Só deixa marcas que dói mais no peito do que nos músculos. Eu queria mesmo era as suas pernas e as suas unhas no lugar dos suspiros dessas tantas mulheres que comigo dividem a cama.
Eu não sei mais me enganar, você roubou todos os meus controles e eu te odeio por isso. Mas o seu cheiro, aquele cheiro antigo que eu ainda guardo aqui, toma o lugar do resto das coisas e eu me arrisco e digo: eu te amo. E isso é outra coisa que me tira a calma. Menina, você me rouba as palavras.
Você é mesmo um mistério assim como eu pensei. E essa coisa em você me atrai e me faz viver cada dia ansiando a sua presença.

*

A vontade que eu tenho é de arrumar as coisas e ir te buscar, te trazer logo para mim. Acabar com essa agonia de telefonemas esperados entre cigarros e mais cigarros. Acabar com esse caos que está minha vida, com a falta que você faz nos meus dias. Você que nem é real. Não tem gosto nem forma.
Daqui, de onde estou, não dá para ver céu nem mar nem você. Parece escuro até ao meio-dia. Parece vago e oco. Sei lá, é um caos sem fim. Sem nem início.
Eu que de você não sei nada, fico aqui flutuando esperando a resposta.
Parece mudo o espaço que é seu.

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