sexta-feira, 25 de junho de 2010

você sabe que é pra você.

Sonhei com você, com o seu beijo. Tenho sonhado tanto. E é uma pena ser só sonho. Mas é tão gostoso te sonhar, sentir sua pele quando durmo. Te imagino tão minha e me sinto tão sua, tão dada pros seus desejos. Pena maior é não te contar as palavras ao ouvido. Acho que por você me ensinarei a esperar. Por você me fecharei num silêncio profundo e doce até que sua voz me desperte, até que sua mão me toque.
E são só alguns dias, algumas semanas, mas o vazio desse tempo me dói e despedaça inteira. Hoje ainda é vinte e cinco de um mês sem graça e sem cor. E eu tenho de esperar suas tintas tão vivas até o final do próximo. Esperar, amor, não é um forte meu. E dói te ter sem ter.
Tento me ocupar com coisas boas, mas nada tem meu completo entusiasmo. De qualquer forma, isso é bom sabe, amor? É gostoso o que você me dá e o que eu sinto passear pelo meu corpo.
Pelo o que eu te sei, você se encaixa em mim. E isso me dá vida.

domingo, 13 de junho de 2010

Hoje eu tô assim'

É uma aflição. Um gosto bom na boca. E um suor inexplicável nas mãos. É mais ou menos assim que acontece. É uma coisa desmedida. Eu fecho os olhos e parece que por dentro deles eu colei fotos suas. Perece que eu lembro do seu cheiro de uns meses atrás. É um cheiro que não desgasta. Um cheiro bom. E você nunca tem hora para ir embora.
É uma agonia. Uma pressa para contar, para saber. Uma ânsia por um dia marcado. Um dia pintado no calendário para renovar o cheiro. Um dia qualquer para te esperar na esquinha. Fumar alguns muitos cigarros pelo seu longo atraso de um minuto. Um dia para dar brilho aos olhos enquanto você caminha na minha direção com um sorriso. Aquele sorriso. E mais um cigarro só para ocupar as mãos.
É um desespero. Eu me perco toda nessas voltas que a mente dá. Nessas curvas que você carrega. Nessas peças que a paixão me prega.

Bem Musical'

Sou um homem, sou um bicho. Sou uma mulher. Sou a mesa e as cadeiras desse cabaré. Sou o seu amor profundo. Sou o seu lugar no mundo. Sou a febre que lhe queima, mas você não deixa. Sou a sua voz que grita, mas você não aceita o ouvido que lhe esculta quando as vozes se ocultam nos bares, nas camas, nos lares, na lama.
Sou o novo, sou o antigo. Sou o que não tem tempo. Sou o que esteve sempre vivo, mas nem sempre atento. O que nunca lhe fez falta. O que lhe atormenta e mata.
Sou o certo. Sou errado. Sou o que divide. O que não tem duas partes na verdade existe. Oferece a outra face, mas não esquece o que lhe fazem nos bares, na lama, nos lares, na cama.
N.M ~

sábado, 12 de junho de 2010

Dia dos Namorados '

É como se a minha vida agora girasse um pouco em torno disso. Com você tão constante.
E é como se eu fosse um pouco inútil diante de tudo.
Por que eu abandono qualquer coisas pelas janelas que você abre, por tudo que você me diz. Pelo seu papel estranho e pequeno na minha vida. Abandono tudo para que ele possa crescer.
Para aprender um pouco mais do significado das coisas, e aprender a comemorar um dia assim. Com pouco sol e pouca luta.
É tudo assim tão novo e inesperado. Tão calmo. Começa pelos cantos sem saber onde vai chegar.
Eu me arrisco, eu me deixo para você preencher.