sexta-feira, 20 de agosto de 2010

noites, noites e noites

É tudo tão desconsertado nessa vida.
E a gente passa os dias sem saber o que a gente é, o que a gente sente.
O silêncio tem sido um bom amigo. E me ajuda a pensar nesse desconserto todo.
Os dias parecem bolas enormes de atividades inúteis e em meio a isso vaga uma ociosidade solitária e sem cor.
Penso às vezes que a culpa é minha. Eu carrego sempre a culpa de me encantar facilmente com a inutilidade das coisas.
Enquanto os pensamentos passeiam por sobre a minha pele, a cidade brilha tão forte, cheia de gente.
Cheia de gente com sorrisos.
Algumas horas depois os sorrisos e o brilho viram só silêncio e a gente escuta o barulho pequeno que a noite tem.
Faz um cheiro diferente quando as luzes apagam e a boca amarga quando o sol desperta quieto, ainda sonolento.
Durante a noite a gente acredita em tanta coisa que se desfaz ao amanhecer.
É como se a verdade tivesse comprado a primeira hora do dia.
E então a gente chega em casa depois de passos miúdos, desapressados e a mágica some.
Foge do corpo lenta, aos poucos.
E o que resta é uma dor que aperta bem forte entre a garganta e o peito.
E gotinhas amargas invadem os olhos da gente sem pedir licença.

Um comentário:

  1. olá boa noite, olha me indentifiquei muito com as suas palavras, adorei muito o seu blog, são palavras profundas que vem direto sa alma, muitas palavras paracem que foram tiradas da minha mente. espero que visite e comente o meu blog, wanderleadiogenes2011.blogspot.com beijo

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